Um estudo realizado por um médico do Hospital A. C. Camargo constatou, de forma insólita, que em 10 homens que habitam em zonas rurais do Brasil, 4 deles já tiveram uma ou mais relações sexuais com animais. Esta prática é responsável por dobrar o risco de cancro no pénis.
O estudo, liderado pelo urologista Stênio de Cássio Zequi, será publicado na proxima edição do Journal of Sexual Medicine. Investigadores isolaram factores que poderiam elevar o risco de cancro e levá-los a uma conclusão errada.
Foram avaliados, para além de sexo com animais, critérios como idade, etnia e idade da primeira relação sexual, bem como histórico de doenças sexualmente transmissíveis, lesões penianas pré-malignas, fimose e circuncisão, número de parceiros sexuais, tabagismo e historial de relações sexuais com prostitutas.
Uma das possíveis explicações para esta associação entre o cancro do pénis e o sexo com animais, de acordo com Stênio, reside no facto de o muco vaginal dos animais ser bastante queratinizado, ou seja, mais duro do que o humano, podendo causar traumas. Outra hipótese é a existência de elementos tóxicos na secreção animal ou de micro-organismos capazes de infectar o ser humano.
O especialista ressalta, no entanto, que estas possíveis causas são apenas especulações e que não é possível afirmar se há um ou mais vírus ou microorganismos específicos envolvidos neste processo.
FONTE: Notícias UOL