Falta de papel higiénico durante pandemia do coronavírus pode criar “fatbergs”

Muitas empresas de água e saneamento estão a pedir moderação diante da falta de papel higiénico nos supermercados do Reino Unido. A pandemia do coronavírus provocou uma corrida dos britânicos pelo produto em questão e muitos consumidores levaram muito mais rolos do que aquilo que precisavam realmente, deixando outros sem ter o que comprar.

A Thames Water, a maior empresa do sector no país, alertou que muitos moradores de Londres e da região metropolitana podem apelar a toalhitas para fazer a higiene. O problema é que, por costume, em muitos casos, esses materiais acabam por ser descartados pela sanita. Neste quadro, a empresa teme que “fatbergs”, que não são mais do que icebergs de gordura, sejam formados nos sistemas de esgoto da capital, levando ao bloqueio e colapso em muitas regiões.

A empresa explicou que as toalhitas, bem como outros produtos não absorvíveis, como fraldas, não se decompõem nos canos do sistema de esgoto, ao contrário do papel higiénico. Combinados com gordura e óleos, eles criam os “fatbergs” – massas enormes e sólidas que bloqueiam os esgotos, podendo inundar casas, empresas e atingir o meio ambiente.

O problema não é novidade para a Thames Water, mas a crise do coronavírus pode potencializá-lo a níveis dramáticos.

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