Um recluso de 50 anos de idade que sofreu “lesões permanentes no pénis, mutilação, dores contínuas e desconforto” foi indemnizado em 668 mil euros depois de os guardas prisionais do Manhattan Detention Complex terem ignorado as suas queixas sobre uma erecção dolorosa que durou 6 dias.
Rodney Cotton, que servia 39 anos até à data, atribui culpa pelo seu longo período de erecção à droga Risperdal, que tomava para tratar da sua desordem de bipolaridade. A falta de tratamento para este sintoma, que não tende a ser usual, levou às lesões permanentes. Ele disse ao Daily News: “Eles tiraram-me a virilidade! É embaraçoso. Estamos aqui para criar e eu agora não consigo realizar os meus deveres enquanto homem”.
Cotton disse que precisou de fingir dores no peito para ver o médico na prisão, que lhe dei uma série de analgésicos para a erecção em vez de o enviar para o hospital: “Aquilo não desceu e começou a doer cada vez mais. Deixei sequer de conseguir utilizar calças. Fizeram-me andar nesse estado durante quase uma semana”.
Quando um membro da família finalmente decidiu intervir para o levar ao hospital, ele foi diagnosticado com priapismo e foi submetido a cirurgia para melhorar a sua condição. Os cirurgiões disseram que os seus pontos tinham de ser removidos dali a 10 dias mas os médicos da prisão disseram que iam tratar do problema sozinhos, o que gerou ainda mais problemas. Cotton acabou por processar o instituto prisional em 10 milhões de dólares mas o processo “apenas” lhe garantiu uma indemnização de 668 mil euros.
No fim, ele disse: “Se tivesse de escolher entre o dinheiro ou ter a minha masculinidade restaurada, eu preferia a segunda opção sem pensar muito”.