Para Oliver, comer os alimentos errados pode levar a danos cerebrais. Ele não pode comer doces, nem leite, nem ovos, nem carne. A proteína é o maior problema dele, ao ponto de ele não poder sequer comer mais de cinco feijões de uma vez.
Com dois anos e meio de idade, ele é obrigado a ter uma dieta muito apertada devido à sua condição, sendo que só pode ingerir seis gramas de proteína por dia, o que afasta da sua ementa o peixe, a carne, o leite, os ovos ou os iogurtes. Acontece que ele tem uma condição muito rara intitulada fenilcetonúria, que inibe o seu corpo de processar a proteína correctamente…
Também conhecida como PKU, a fenilcetonúria é uma condição rara que afecta apenas 50 mil pessoas no mundo inteiro. Isto significa, para o caso de Oliver, que ele não consegue processar a fenilalanina, um aminoácido encontrado nos alimentos ricos em proteínas. E se o seu corpo não processa, as consequências podem ser severas. A fenilalanina em excesso pode acumular-se no sangue de Oliver, o que pode provocar tumores, danos cerebrais e inclusive alterações no desenvolvimento mental.
A mãe de Oliver, Jade, disse: “Tenho de ter muito cuidado com o Oliver e com a sua dieta. Ele não percebe, porque é jovem, mas comer o alimento errado pode levar a danos cerebrais, ou pior”. No Natal do ano passado, Oliver não conseguiu acompanhar a sua família nos pratos tradicionais – em vez disso, só conseguiu comer ervilhas, cenouras e milho doce…
Muito complicado.